Duda

- Duani Lima
- Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil
- Casada com a publicidade e amante do Jornalismo. Um alguém que torna-se um ponto de interrogação aos seus olhos. E que nada mais é do que algo que você ignora. Amo as letras,as imagens e o mundo das cores. Talvez por isso que o tão colorido das coisas até cegam outras. Talvez por isso , não sinto o preto e o branco que costumam me perseguir. Redação Publicitária é uma das minhas praias.
11 de diciembre de 2010
Trecho 1
28 de noviembre de 2010
Essa coisa
26 de noviembre de 2010
Morangos Mofados
Porém, deixo uma partezinha de um texto lindo do livro Morangos Mofados de Caio Fernando Abreu...
"Como se fosses tu, assim, entras no teatro e te chamam dentro do sonho e te convidam para fazer o papel do sonho de alguém, e dizes que nunca viste a peça e nunca leste o texto e nada sabes de marcações intenções interiorizações e te dizem que não importa, porque um sonho não precisa de ensaio."
15 de noviembre de 2010
Vago
16 de octubre de 2010
Espera
14 de octubre de 2010
Nova estação
2 de octubre de 2010
Amar-te ia
25 de septiembre de 2010
Redação Publicitária
A poesia sempre se transforma em palavras e pensamentos em mim e as rimas saem tão fácil que falar rimando não seria dificil não.
Escrever... dizem que quem conta um conto aumenta um ponto... enfim.
Quando um rio corta, corta-se de vez
cortado, a água se quebra em pedaços,
em poços de água, em água paralítica.
Em situação de poço, a água equivale
a uma palavra em situação dicionária:
isolada, estanque no poço dela mesma,
e porque assim estanque, estancada;
e mais: porque assim estancada, muda,
e muda porque com nenhuma comunica,
porque cortou-se a sintaxe desse rio,
o fio de água por que ele discorria.
O curso de um rio, seu discurso-rio,
chega raramente a se reatar de vez;
um rio precisa de muito fio de água
para refazer o fio antigo que o fez.
Salvo a grandiloqüência de uma cheia
lhe impondo interina outra linguagem,
um rio precisa de muita água em fios
para que todos os poços se enfrasem:
se reatando, de um para outro poço,
em frases curtas, então frase a frase,
até a sentença-rio do discurso único
em que se tem voz a seca ele combate.
João Cabral de Melo Neto
As vezes é assim
Ela sem pre soube disso e nunca foi dada às coisas pela metade, metade de amor, de abraços, metade de tudo, seria o não intenso, a não entrega, seria viver o que não sentia.
Ela sempre quisera algo além, como dizem , ela sempre quis "algo a mais" e este querer se misturava com vontades que pareciam de um passado distante, escritos em alguns livros ou textos de escritores que também sonhavam.
Ela cruzou pela porta e olhou o céu , as estrelas e a lua e permaneceu frente a frente com um novo lugar. As noites pareciam sempre as mesmas, mas ela saberia que voltar seria perder o que estava além daquela porta, seria não aceitar um novo mundo, permanecer.
Só permanecemos quando sentimos que devemos permanecer. O acaso ou o caminho a fazia sair pela porta, e encontrar um outro mundo, para olhar tudo de outra forma e era tão colorido, tão cheio de luz que seus olhos não poderiam se fechar.
Não, ela não quis fechar os olhos e nem lembrar do que se passou até lá, pois existia uma força maior que insistia para que o casulo finalmente chegasse a se tornar a mais bela borboleta.
Ela sempre soube que uma hora ou outra teria que se despedir, sabia que sentiria dor, que pareceria um lugar inatingível, uma outra vida impossível.
E acredite, todo mundo se sente assim as vezes como se o mundo desabasse.
Mas, forte foi o momento em que suas asas se entregavam ao vento, ela sabia que não poderia conter, não poderia deixar de aceitar o instinto que lhe chamava, que lhe queria, queria levá-la a uma outra viagem, colorida como um dia de sol.
Foi então que ultrapassou a barreira do quintal, e lá distante ela via. O que via?
Um completo sem saber, não saberia, nunca soube o que são essas coisas. Tudo estava certo, seu marido, sua casa, seus filhos, do que mais precisava? Tem horas que a vida pede um pouco mais. Um pouco mais de vontade de viver, de querer e a vida pediu a ela que perdesse todos aqueles medos, aqueles preconceitos, porque ninguém mais que ela sabia que a paixão não tem sexo, não tem cor e tem sim alma, espírito. Amava uma mulher, e isso ela sempre soube.
12 de septiembre de 2010
XXXIII Congresso Nacional de Comunicação - Intercom - UCS - 2010
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Foto: Claudia Velho |
11 de septiembre de 2010
Descrente
2 de septiembre de 2010
Talvez amanhã
29 de agosto de 2010
O fato
26 de agosto de 2010
Noites
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Fonte: http://olhares.aeiou.pt/sensualidade_em_forma_de_cigarro_foto544979.html |
Sinta as nossas mãos juntas
O olhar para fora só nos mostra
um outro caminho
Seus jogos e suas desavenças,
Seus amores e suas histórias
Entraram em um novo jogo.
Cantara uma noite toda, e se dopara tantas vezes em embaraços de beijos de outrem, que agora estava a lembrar do primeiro e único beijo que a fizera perder a cabeça e voltar a ser a adolescente sonhadora. Lembrava dos braços que entrelaçavam aos seus e os lábios que tocavam sua pele com sensibilidade e sentimento e impreguinava-lhe uma raiva como se os seus passos tivessem sido todos inúteis.
Andei alguns passos em sua direção e a vi assim de longe, de longe assim a vi com lágrimas no rosto. E sua face de durona se acabava em choros.
Nunca alguém entendera o grande mistério de suas tentativas inúteis de amor profundo, porém, ela sempre soubera que era frágil como uma pétala de rosa e que seu sorriso era uma tentativa em vão de parecer de bem com o mundo.
Cheguei-lhe então assim como quem não quer nada, sentei-me ao seu lado e permaneci por alguns minutos.
Sem entender a tal preocupação ela me olhou nos olhos. Peguei um cigarro, o acendi e a olhei. Ela perguntou-me o motivo de minha presença.
Disse-a que não teriam motivos, mas que o lugar era adequado para entender um pouco dos pensamentos. (Estes que rondam nossas cabeças depois de uma madrugada de festa e que ficam insistindo em fazer presença).
Ela me disse que amava alguém ou achava que amava, ao menos sabia que nunca tinha gostado tanto de alguém como seu ultimo amor.
Eu notava que o vento da madrugada começava bater em seus cabelos. Neste instante bateu-me uma espécie de aperto, que surge as vezes e quase sufoca, entende? Todo mundo já deve ter sentido isso algum dia na vida ou pelo menos sentiu uma dorzinha bem profunda como se o mundo voltasse atrás e os ponteiros girassem em sentido contrário.
Era fato que estavamos ali por um motivo claro. Acendi o próximo cigarro e a olhei nos olhos, mais uma vez surgiu-me aquela vontade de tocar seu rosto e beijá-la como da primeira vez . Ela continuou a me olhar perdida nos pensamentos e eu em seus olhos. Embriagante mais que a noite, era sentir a intensidade de sentimentos que me vinham quando estava com ela. A noite passara correndo e ela ainda estava a ali. Eu estava ali.
23 de agosto de 2010
Ela, porém não estava certa, não concordava e ao mesmo tempo tinha receio. Perder que m a amava perdidamente e se entregar ao desconhecido que lhe deixava de pernas pro ar? O que faria?
Não mencionei, mas perceba você caro leitor que todos as vezes entramos em paranoias traiçoeiras e nos apaixonamos sem querer. Pois bem, ela não soube explicar o que ocorreu no dia em que viu aquela mulher pela primeira vez, só soube que poderia estar entrando em um mundo totalmente diferente. Sua visão embaralhou os sentimentos e suas vontades, misturavam-se com desejos antes nunca sentidos.
Explicar?
13 de agosto de 2010
Partida
Já não era tarde e não poderia mais andar com a mesma pressa de antes. Levava lágrimas e a lamentação de vê-la e não poder fazer nada.
Seu sorriso amarelo agora era marcado pelas lágrimas e sua mão segurava um cigarro entre os dedos, os quais antes puderam tocar a pele da mais bela mulher.
E tantos toques que antes foram dados já não lhe cabiam mais, nem o perfume que lhe rondava e as certezas que ele tinha.
Levava nas malas um pouquinho da saudade da infância ou de uma outra vida que o paraíso lhe permitia.
Andou sem parar por caminhos nunca antes andados e viu rostos, semelhanças e desatinos de doidos perdidos na escuridão.
O caminho era longo, e o passado passava na frente de seu rosto como um filme que aos poucos foi perdendo a cor se tornando um preto e branco, uma cor sem intensidade, sem brilho.
Ao passar pelo mar ele não recusou o convite das ondas, foi até perto da água e tocou-a pela última vez como em uma despedida, como um adeus. Ele podia ver o sorriso de sua bela por entre as ondas e vê-la saindo da areia com toda sua beleza e exatidão.
A olhou por um tempo como uma contemplação e com a eterna admiração.
O passado ou o presente se juntavam no exato momento em que ele perdera tudo o que lhe restava.
A morte lhe parecia um fim justo a princípio, afinal sempre soubera que não existiria uma eternidade para sua vida, como não existe para ser humano nenhum.
O princípio e o fim, uma vida corrida e suada passo a passo, resumiam-se agora ao andar pela areia e sentir pela última vez a brisa que vinha do mar e tocava seu rosto.
E aquele perfume embriagante de uma natureza sem fim o consumia por dentro.Era a dor de partir e não poder levar nada. Sabia apenas que ficaria na lembrança de alguns por algum tempo. Qual motivo de sua partida? Porque tivera um fim assim, cheio de despedidas e de caminhos revendo tudo que se viveu?
Anoitecia na cidade dos vivos, enquanto ele seguia os passos ao lugar que não conhecia.
Um passo ao infinito ou talvez ao fim eterno. A morte poderia lhe parecer a perda de um mundo, de uma vida, de pessoas e de tudo que vivera. Ele seguia, sabia que não teria volta, que não teria resposta. Enfim, um dia eu fiquei sabendo que ele tinha chegado, depois de toda escuridão encontrou o que tanto procurava. Por onde andará? Tente-o encontrar em uma destas noites iluminadas pela luz da lua...
28 de julio de 2010
Romantismo?
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Cena da Microssérie " Dom Casmurro" exibida pela Rede Globo ( Vale muito a pena ver) |
22 de julio de 2010
Onde Andará Dulce Veiga?
Outra personagem na história é a Márcia Felácio, interpretada por Carolina Dieckmann, a qual herdou da mãe a loucura e a paixão pela música, Márcia é a filha rebelde que tem a sua mãe desaparecida e uma banda chamada “Márcia Felácio e as Vaginas Dentadas".
Quem não viu o filme, o procure na internet, pois ele não foi lançado em DVD.
12 de julio de 2010
Do começo ao fim - O Filme
4 de julio de 2010
A fase é de amor ou de sexo?
O que era curioso nas histórias é que ambas falavam sobre prostituição. Se bem que o primeiro tinha uma promiscuidade, mais louca e exagerada, que todos temos às vezes, achei mais natural. O segundo filme contava três historias diferentes que acabavam todas na mesma cena e
29 de junio de 2010
Erro de Propaganda
Mesmo assim, erros publicitários são fatais e a redação publicitária pode gerar uma grande discução nacional.
É de responsabilidade do publicitário estar atento ao arquivo que envia para a revista, gráfica, emissoras, rádios e os meios de comunicação. Porém, também cabe a estes meio de comunicação a responsabilidade de prestar o seu serviço com a maior segurança e sem erros.
Hoje saiu na Folha de São Paulo o seguinte anúncio.

Pois é, um erro humano, dizem eles tirou a seleção da Copa em termos escritos.
Além deste fato, outro foi apresentado neste mesmo Jornal, um anúncio de certa forma irônico eliminando a seleção do Chile.
Esses fatos só fazem com quem prestemos atenção, principalmente pra quem é novo na área e quem está há muito tempo nesta profissão.
Errar é humano, não prestar atenção e fazer tudo correndo é burrice.
Uma breve e pequena .... o quê?
Enquanto ela andava pelas ruas da pacata cidade onde somente o sol parecia ter vontade de visitar ouviram-se uns ruídos estranhos vindos de um lugar qualquer. Porém, deu-se o fato que ela nem quis saber que tamanha confusão estava ocorrendo. Se sentou então a beira da calçada. E ficou por ali admirando o movimento da pacata cidade.
Passou, Pedro, passou Augusto, passou dona Maria cheia de sacolas que até parecia que nunca tinha visto um supermercado em dia de oferta. Em outras épocas ela estaria em volta do seu príncipe encantado, que de príncipe não tinha nada, talvez somente cabelos loiros como aqueles dos filmes que se vê em desenho animado.
Tamanha distração que ela nem percebera que alguém a via de longe e admirava cada parte do seu corpo, que ficava marcando cada sinal de seu rosto em sua memória.
Ana tinha cabelos pretos e compridos lindos, e seus olhos olhavam com uma intensidade que qualquer ser que lhe passasse pela frente entraria em paixão doentia em segundos. Sei, estou exagerando, mas convenhamos Ana era linda. Tão linda, mas tão linda, que despertou o interesse de quem ela não esperava naquela época.
As horas estavam se passando e aquele final de sábado parecia infinito, foi quando alguém chegou ao seu lado e disse-lhe que estava a horas ali do outro lado, e percebendo que o sol estava disposto a se pôr resolveu que deveria compartilhar o grande momento com quem fosse de seu agrado. Ana sem negar e nem afirmar, só olhou nos olhos e deu um sorriso.
O sol foi dando adeus a cidadezinha e mandando a senhorita lua chegar ao lugar....
25 de junio de 2010
Mídia, cidadania e educação
Motivos à parte, o que quero por em questão neste momento é o conhecimento de um dos homens da comunicação e de outras áreas humanas que pude conhecer no dia quartorze de maio na Univerisadade de Caxias do Sul. Pedrinho Guareschi é professor e pesquisador CNPq em Psicologia da PUCRS. Formado em filosofia, Teologia, letras, pós-graduado em Sociologia. Mestre e Doutor em Psicologia Social e Comunicação na Universidade de Wisconsin, EE.UU. dois Pós-doutorados, na Universidade de Winsconsin (1991) e na Univerisade de Cambridge, Inglaterra (2002).
A palestra seguiu os guias de três aspectos principais consecutivamente.
Um dos fatos a ser destacado pelo professor foi a mídia e suas concessões. Guareschi abordou o fato de muitos brasileiros não terem o conhecimento de que a midia audiovisual, tv e rádio, brasileiros não tem um dono, o patrimônio é público, ou seja, que todos os cidadãos teriam direto sobre mídia. Ele destacou também a quantidade e os grandes latifundiários da mídia, dentre estes pode-se entender que os canais brasileiros estão comandados por 9 famílias. Isto mesmo, somente nove famílias comandam o que o povo brasileiro tem de informação na sua televisão.
A concessão para um canal funcionar é de dez a quinze anos, sendo rádio ou tv, após isto o canal deveria ser ocupado por outros comandantes, porém o que se vê hoje são grandes riquezas que dominaram e ignoraram estas concessões e nós ficamos a mercê de todo fato sem tomarmos nenhuma atitude.
Em pesquisa realizada por Pedrinho, ele averiguou também que a maioria dos brasileiros não sabiam destes dados e acreditavam realmente que os canais de televisão tinham donos. Outro dado foi levantando na grande Porto Alegre, onde se percebeu que as crianças ficavam até nove horas por dia em frente a televisão.
Outro ponto relevante comentado por Guarescchi foi o cidadão e os seus direitos, já adentrando o fato da falta de ação humana contra o poderio das grandes mídias, e até mesmo a falta de conhecimento da sociedade pelos seus direitos e da falta de luta constante pelas melhorias.
O aspecto da educação poderia ser bem abrangente e levaria um bom tempo para toda discussão já que tinhamos um grande número de estudantes de pedagogia na sala, porém, foi pequeno, mas o bastante para ficarmos com a mensagem de que ” professor não é aquele que ensina ou dá as coisas ao aluno, e sim aquele que faz questionar, que faz perguntas e não dá respostas”.
Guareschi também comentou sobre o canal de televisão BBC, e o tipo de comunicação e jornalismo desempenhado por ele, de forma que as notícias duram em torno de seis minutos, apontando todos os lados e fatos relacionados e não deixando nenhuma resposta, estimulando assim o pensamento.
A ligação entre cidadania, educação e meios de comunicação, seriam e podem ser uma grande resposta e solução talvez para um melhor desenvolvimento da mídia nacional. O professor deixa uma mensagem e destaca a internet como um novo meio de expressão e denúncia do que acontece nas grandes mídias nacionais.
Ele escreveu 15 livros, que valem a pena ser procurados e estão bem em conta. Finalizando deixo um link para os curiosos ou estudantes de comunicação:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/
8 de junio de 2010
Gaúche
" Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gaúche na vida."
A vida as vezes te dá um soco, aquele bem dado sabe, que te derruba? E deixa doendo por dias? É mas tudo passa " eles passarão, eu passarinho". Aprendi a perdoar, confundir-me e a estar feliz por ver alguém feliz.
Sabe, me cansei da tremenda besteira que se move, da babaquice inteira, do sorriso meia boca e das metades, mal comidas, mastigadas, jogadas ao acaso. Aprendi que tem olhares que servem para serem vistos, outros para serem olhados, alguns admirados. Aprendi que quando se olha na olho e fala com convicção é sinal de que se pode confiar, quando isso não acontece já era, a vez passou, e quantos olhares fogem por ai.
Aprendi a não dedicar o meu amor, nem meu olhar, meu gesto, aprendi a não dar colo e quando o der, dar a quem posso confiar.
Teu destino está em tuas mãos apartir do momento tu que decides sair de baixo das cobertas, parar com a indecisão e ir atrás, tua voz se torna, mais doce, mais eterna diante dos seres, e tua vida parece ter algum sentido. Enquanto alguns continuam procurando mais alguns motivos para se sentir bem.
Chorar por amor, me faz bem, chorar de saudade, de carinho, de amizade.
Queria um dia no mundo que tods sentissem a pureza que existe em se deixar levar pelo ser.
Palavras bonitas, são palavras bonitas, mas nunca foram em vão, o poeta sempre confundiu, mas a única intenção era fazer entender. Porque não falo o certo, o errado, falo a metáfora e não deixo a resposta.
E assim vamos indo como o gaúche, nome nos dado, ou então Casmurro, como o Dom, seremos até chegar a hora...
18 de mayo de 2010
Pensando
Era um dia sem lógica, sem tempo, sem eira e nem beira, quando a vi sorrindo, sorrindo ao mundo e foi quando perdi a razão de ser e me entreguei.
A noite perdurou por algumas horas e sem perceber já estava em mim, como uma marca, um estado, um nirvana, que me fez perder a direção do seguir.
E então te olhei nos olhos aos acordar, e ali estavam todos os momentos de antes e aquele sorriso tão belo como um dia de sol que vem amanhecendo e deixando o dia mais forte, mais intenso.
Porém, nem tudo são flores, e a partida era inevitál. Partiu uma noite, chegou outra, lembranças dos cheiros, das bocas, perfumes, sussuros, era perseguição.
Perseguição da junção de duas coisas, de dois seres, a intensidade de duas almas que se entregavam em cada segundo.
E após algum tempo tudo outra vez, toda intensidade, toda vontade, toda loucura incansável que não se dominava, e bastaram algumas horas para que soubesse que aqueles olhos iriam me perseguir por mais algumas horas. Eram mãos, sorrisos, abraços, beijos, vontades, carinhos e saudades.
Saudade, palavra que se diz por falta, falta de alguém, de algo, de alguma coisa.
Sentir, pode ser bom ou ruim. Pena que todos fogem disso, todos não querem isso.
Dizer que não pode, é mostrar fraqueza, eu sei que posso, porém, o sentir não pode ser em vão.
Quantas coisas já fiz tentando mostrar que estou forte? Que já disse me encobrindo por debaixo dos meus olhos tristes?
Não sei mais para onde vou, meu sorriso segue sozinho, enquanto fico aqui pensando...
O que será daqui algum tempo, como estaremos, o que seremos?
A vida assusta, mas somos mais fortes que estes medos.
dispersos, patéticos.
Foram noites, frios, ventanias.
Foram olhos sensações
Vontades
Foram sorrisos deixado para atrás
e toda uma nova estação
Foram motivos e desmotivos
que fizeram meus ares
mudarem de destino,
de escolhas.
Foi o não querer,
o não estar e nãos e submeter.
Depois das lágrimas,
os novos tempos surgem.
E a razão chegou,
para dominar,
as vontades,
a vida,
os gestos
e os olhares,
o poeta perdeu a sensibilidade,
e as rosas já não têm
a mesma cor.
A vida muda,
as coisas mudam,
o resto é resto.
E tudo ficou numa noite sem fim,
numa tarde sem nada,
num adeus de outros tempos.
26 de abril de 2010
Preconceito
Na sua lentidão se entregava ao ar daquela noite vazia. Pouco bastava para que seus olhos se encharcassem de lágrimas e o salgado descia pelos seus lábios, enquanto a noite parecia o fim das mais belas noites e dos mais belos mundos.
Se pés buscavam um chão e o peito sangrando queria se entregar ao que achava ser a única solução.
A morte então, o fim de tudo, o fim do medo, da dor, das falas em volta em seu ouvido o tempo todo.
Ele se entregou ao que mais temia, é fugiu do mundo com medo da dor.
O que dizer quando a vida acaba? O que dizer quando a televisão te mostra o que acontece no mundo e denuncia a ignorância humana? O que dizer do preconceito que ronda nossos passos? Já passamos por tantas coisas que mais um passo pode ser apenas mais um.
Já assumi publicamente quem sou, já não guardo mais o que é a verdade. Porém, você caro leitor pode achar que é brincadeira quando dizemos que o "xingamento" ainda existe.
Hoje em dia não tenho mais as mesmas atitudes de um tempo atrás, já não escondo a verdade e também já passei por preconceitos que você não deve imaginar o quanto dói, pensar em ser censurado, colocado para fora só por ser quem se é.
É difícil entender né? Quando as coisas não te machucam, porém coloque-se no seu lugar e perceba quanto é medíocre a ignorância de não aceitar o que não conhece. Tente sentir um pouco que você não é diferente de nenhum outro ser e somos todos animais.
Vamos buscando um novo ar , aqui e ali. Enquanto outros procuram ares que não existem e se embriagam de verdades impostas por doutrinas não provadas. Somos parte de uma sociedade dominada pela crença cega em certas coisas e certos fatos são dados como crime enquanto tirar vidas, fazer o mal parece tão simples, não é?
Homossexuais são criminosos? Qual o crime? Amar?
Estaremos então todos mortos, enterrados, enquanto outros se enterram aos poucos a ceguice de não saber o que é o verdadeiro amor. Qual a surpresa? Espera aplausos? A ignorância me revolta, revolta mesmo. Sabe quando você acredita mais no seu nariz do que na a vida que te cerca?
Amar não é crime, não é perversão. Amar é vida e de vida , todos precisam não?
Desculpe se uso palavras ofensivas, desculpe se dou a mão ou beijo quem amo na sua frente, desculpe se amo quem amo, desculpe pela sua falta de respeito, está perdoado, aliás pessoas assim até dão pena.
Não sinto ódio, nem repulsa, pois quem sente isso é porque é incapaz, volátil, fraco, preconceito é para fracos.
A sua verdade falsa, não atinge ninguém, acredite nisso. Enquanto você fala eu ouço música.
Amor não tem sexo. Alma se apaixona por alma.
"Se você se entendesse saberia disso".
20 de abril de 2010
Até onde?
Depois de noites inteiras
ainda tenho a lembrança
daquele jovem sorriso
olhando para mim
E aquela intensidade
que ficava a me perseguir
que me deixava tonta
Na graciosidade de suas mãos
Na graciosidade de sua pele
As noites já passaram
Seus olhos não vi mais
Seu abraço
Seu carinho
Ficaram em outra estação
Como o vento de uma praia
e lá permaneceu.
Tudo permanece intacto
guardado em uma caixinha
em um segredo íntimo
e uma vontade.
Seria mais uma poesia,
um verso,
uma confissão.
Seria a morte pela boca,
seria meu fim.
Mas o poeta tem o dom de fingir dor,
fingir sentir,
fingir crêr.
A vida vai e vem
até onde o romantismo viverá?
Até onde o guardarei para outra estação?
15 de abril de 2010
Até quando estive disposta a doar o meu mundo para a vida? E de que forma aprendi a conviver com tantas coisas?
Digo-lhe que estou cansada, dos mesmos rostos, das mesmas histórias, das idas e voltas que a vida dá porque cada vez mais ele se fecha e sinto agora, como nunca antes senti que ele está realmente se fechando sem deixar um espaço de passagem. Deixando apenas um feixe de luz, e somente isto.
Ele não quer mais, está amargurado, fechado, trancado a sete chaves e de onde não sabe de que forma ainda irá sair.
Meu humano, meu ser, já está longe em outras ideias e outros mundos que somente ele poderá alcançar, porque a vida aqui cheia de histórias de livros para viver parece deveras impossível. Portanto, meu caro leitor não te assustes com as dores de quem escreve e não te assustes se um dia se encontrar na mesma situação, até porquê nós sabemos que a única pessoa que pode sentir é quem vê com os olhos da alma, e você me entende porquê me sente.
11 de abril de 2010
Felicidade
Como estamos?
O que fizemos?
A vida é traçada a cada instante, e cada passo os olhares vêm e vão e gente se pergunta por que as coisas estão assim? Porque pessoas morrem aos poucos em alguns lugares? Porque a fome mata a cada segundo em algum lugar?
Porque os homens correm dilacerados atrás do poder e do dinheiro?
E porque não podemos fazer tudo que valha a pena mais de uma vez?
Os homens nascem, vivem e morrem. E somos um e milhões que andam por estas ruas e por estes mundos procurando a fórmula da vida.
Enquanto os amores e seus devaneios perseguem alguns, outros estão na procura, ou simplesmente na vida para vivê-la
Queremos o mundo e queremos a vida. Além de romances queremos gostos, cores, mundos, carinhos, vidas, sorrisos, além da simplicidade, na eterna felicidade de viver. Somos humanos livres e carregados das mais loucas vontades e anseios. Temos a vontade de tudo e ela que devemos saciar.
Bastou-me o tempo da simplicidade, quero a emoção de todos os momentos, agora. O tempo todo.
Quero a loucura, a intensidade que só encontro quando estou assim.
E com o tempo aprendemos a dar a cara à tapa, a se entregar ao mundo e deixar que ele faça o que quiser.
Tudo será válido, e não importa o jeito que me olhes, pois estou vivendo os meus segundos, porque amanhã quem pode dizer que estaremos aqui?
Quem pode dizer que essa minha sede poderá ser saciada em um só momento?
Lembro-me das épocas de ilusão, na qual nos prendemos a momentos e fatos, porém quando abrimos os braços e nos jogamos ao mundo tudo se torna mais belo.
Até os sorrisos nos fazem ver que a felicidade é feita de momentos, e estes momentos são feitos por nós. Unicamente por nós.
22 de marzo de 2010
Até onde poderemos chegar?
Depois que o mar resolve ventar diferente. E depois que o tempo se encarrega de fazer seus destinos e traçar histórias, a gente fica se perguntando: quantos passos poderemos dar para chegar ao lugar que não conhecemos?
Cazuza citou que “amar é abanar o rabo”, pois então que seja e que sejamos nós animais, animais amam, são puros, limpos. Animais não matam por maldade, não se vingam, não olham com pessimismo e não vivem com a intenção e com o sofrimento.
O ser humano sim é um ser fraco, triste, infeliz e insaciável, pois está sempre a procura do que ainda não tem não se contenta e não está bem.
O espiritismo explica certos fatos como conseqüência de uma fase a qual estamos todos passando e que um dia fará parte do nosso novo ser, assim, estamos desenvolvendo nossos espíritos e esse sofrimento social, físico e moral, fazem parte de provas, que são formas de aprendermos a encarar as dores e as tristezas.
Aos poucos aprendo a ir além de mim, além dos olhos, além da voz, dos suspiros, da noite, dos ventos, além do universo abrangente. Vou além do meu corpo e desse ar que perturba e me encontro, comigo mesma no meu lugar, no meu calor, e em mim mesma acabo perdendo tantos medos, e tudo me faz sentir a melhor sensação que poderia ter.
Volto a dizer que o ser humano é fraco, ele finge não sentir, não amar, não querer uma noite a luz da lua, uma conversa de horas a fio.
O ser humano tenta se esconder em meio a uma cara de mal e diz não sentir, e que o romantismo é a fraqueza do ser, penso que é fraco quem não sabe sentir, quem tenta dominar o coração com a própria razão. Tolos, as melhores sensações do mundo não está no que seus olhos e suas mãos podem pegar ou ver, as melhores sensações estão no sentir, não falo aqui, do sentir físico, o orgasmo ou o prazer advindo dos mais diferentes lugares, diferentes jeitos, alucinógenos, ou seja, o que for. Eu falo sim é do sentir, aquele de querer estar, de sentir-se num mundo além do físico, de não saber a hora, de viajar por entre a beleza dos seres, de sentir uma intensidade só em saber que quem ama está junto.
O ser humano racional e o ser humano emocional, distinguem-se, mas no final todos sabem que são mais alma do que ser, mais sentimento do que razão, mais instinto, paixão, menos exato, menos lógico. Todos sabem que somos dominados pelas vontades. E me diz agora, você pensa antes de ter vontade? Você tem a hora exata em que vai sentir prazer? Você pode ser tão lógico a ponto de querer saber tudo sobre o que você tem o maior medo de todos? O medo de amar.