Duda

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Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil
Casada com a publicidade e amante do Jornalismo. Um alguém que torna-se um ponto de interrogação aos seus olhos. E que nada mais é do que algo que você ignora. Amo as letras,as imagens e o mundo das cores. Talvez por isso que o tão colorido das coisas até cegam outras. Talvez por isso , não sinto o preto e o branco que costumam me perseguir. Redação Publicitária é uma das minhas praias.

25 de septiembre de 2010

As vezes é assim

Já era tarde ou cedo demais? Ninguém sabe a hora exata, ninguém sabe o momento de quando as coisas se transformam e passam de uma fase para outra assim. Somos feitos de escolhas, de lutas e de coisas que nos batem com uma vontade mais forte.
Ela sem pre soube disso e nunca foi dada às coisas pela metade, metade de amor, de abraços, metade de tudo, seria o não intenso, a não entrega, seria viver o que não sentia.
 Ela sempre quisera algo além, como dizem , ela sempre quis "algo a mais" e este querer se misturava com vontades que pareciam de um passado distante, escritos em alguns livros ou textos de escritores que também sonhavam.
Ela cruzou pela porta e olhou o céu , as estrelas e a lua e permaneceu frente a frente com um novo lugar. As noites pareciam sempre as mesmas, mas ela saberia que voltar seria perder o que estava além daquela porta, seria não aceitar um novo mundo, permanecer.
Só permanecemos quando sentimos que devemos permanecer. O acaso ou o caminho a fazia sair pela porta, e encontrar  um outro mundo, para olhar tudo de outra forma e era tão colorido, tão cheio de luz que seus olhos não poderiam se fechar.
Não, ela não quis fechar os olhos e nem lembrar do que se passou até lá, pois existia uma força maior que insistia para que o casulo finalmente chegasse a se tornar a mais bela borboleta.
Ela sempre soube que uma hora ou outra teria que se despedir, sabia que sentiria dor, que pareceria um lugar inatingível, uma outra vida impossível.
E acredite, todo mundo se sente assim as vezes como se o mundo desabasse.
Mas, forte foi o momento em que suas asas se entregavam ao vento, ela sabia que não poderia conter, não poderia deixar de aceitar o instinto que lhe chamava, que lhe queria, queria levá-la a uma outra viagem, colorida como um dia de sol.
Foi então que ultrapassou a barreira do quintal, e lá distante ela via. O que via?
 Um completo sem saber, não saberia, nunca soube o que são essas coisas. Tudo estava certo, seu marido, sua casa, seus filhos, do que mais precisava? Tem horas que a vida pede um pouco mais. Um pouco mais de vontade de viver, de querer e a vida pediu a ela que perdesse todos aqueles medos, aqueles preconceitos, porque ninguém mais que ela sabia que a paixão não tem sexo, não tem cor e tem sim alma, espírito. Amava uma mulher, e isso ela sempre soube.

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