Duda

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Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil
Casada com a publicidade e amante do Jornalismo. Um alguém que torna-se um ponto de interrogação aos seus olhos. E que nada mais é do que algo que você ignora. Amo as letras,as imagens e o mundo das cores. Talvez por isso que o tão colorido das coisas até cegam outras. Talvez por isso , não sinto o preto e o branco que costumam me perseguir. Redação Publicitária é uma das minhas praias.

25 de septiembre de 2010

Redação Publicitária

Sempre tive paixão por escrever, porém esse escrever não se dá ao jornalismo sério e cheio de regras. Sempre gostei de escrever na brincadeira falando de coisas sérias, e em outras horas brincando mesmo.
A poesia sempre se transforma em palavras e pensamentos em mim e as rimas saem tão fácil que falar rimando não seria dificil não. 
Escrever... dizem que quem conta um conto aumenta um ponto... enfim.
Redação Publicitária é minha área e "fuxicando" por ai, achei uma poesia bem interessante sobre o discurso comparado ao rio:


Rios sem discurso

Quando um rio corta, corta-se de vez 
o discurso-rio de água que ele fazia; 
cortado, a água se quebra em pedaços, 
em poços de água, em água paralítica. 
Em situação de poço, a água equivale 
a uma palavra em situação dicionária: 
isolada, estanque no poço dela mesma, 
e porque assim estanque, estancada; 
e mais: porque assim estancada, muda, 
e muda porque com nenhuma comunica, 
porque cortou-se a sintaxe desse rio, 
o fio de água por que ele discorria. 
O curso de um rio, seu discurso-rio, 
chega raramente a se reatar de vez; 
um rio precisa de muito fio de água 
para refazer o fio antigo que o fez. 
Salvo a grandiloqüência de uma cheia 
lhe impondo interina outra linguagem, 
um rio precisa de muita água em fios 
para que todos os poços se enfrasem: 
se reatando, de um para outro poço, 
em frases curtas, então frase a frase, 
até a sentença-rio do discurso único 
em que se tem voz a seca ele combate. 

João Cabral de Melo Neto

Por hoje é só!

As vezes é assim

Já era tarde ou cedo demais? Ninguém sabe a hora exata, ninguém sabe o momento de quando as coisas se transformam e passam de uma fase para outra assim. Somos feitos de escolhas, de lutas e de coisas que nos batem com uma vontade mais forte.
Ela sem pre soube disso e nunca foi dada às coisas pela metade, metade de amor, de abraços, metade de tudo, seria o não intenso, a não entrega, seria viver o que não sentia.
 Ela sempre quisera algo além, como dizem , ela sempre quis "algo a mais" e este querer se misturava com vontades que pareciam de um passado distante, escritos em alguns livros ou textos de escritores que também sonhavam.
Ela cruzou pela porta e olhou o céu , as estrelas e a lua e permaneceu frente a frente com um novo lugar. As noites pareciam sempre as mesmas, mas ela saberia que voltar seria perder o que estava além daquela porta, seria não aceitar um novo mundo, permanecer.
Só permanecemos quando sentimos que devemos permanecer. O acaso ou o caminho a fazia sair pela porta, e encontrar  um outro mundo, para olhar tudo de outra forma e era tão colorido, tão cheio de luz que seus olhos não poderiam se fechar.
Não, ela não quis fechar os olhos e nem lembrar do que se passou até lá, pois existia uma força maior que insistia para que o casulo finalmente chegasse a se tornar a mais bela borboleta.
Ela sempre soube que uma hora ou outra teria que se despedir, sabia que sentiria dor, que pareceria um lugar inatingível, uma outra vida impossível.
E acredite, todo mundo se sente assim as vezes como se o mundo desabasse.
Mas, forte foi o momento em que suas asas se entregavam ao vento, ela sabia que não poderia conter, não poderia deixar de aceitar o instinto que lhe chamava, que lhe queria, queria levá-la a uma outra viagem, colorida como um dia de sol.
Foi então que ultrapassou a barreira do quintal, e lá distante ela via. O que via?
 Um completo sem saber, não saberia, nunca soube o que são essas coisas. Tudo estava certo, seu marido, sua casa, seus filhos, do que mais precisava? Tem horas que a vida pede um pouco mais. Um pouco mais de vontade de viver, de querer e a vida pediu a ela que perdesse todos aqueles medos, aqueles preconceitos, porque ninguém mais que ela sabia que a paixão não tem sexo, não tem cor e tem sim alma, espírito. Amava uma mulher, e isso ela sempre soube.

12 de septiembre de 2010

XXXIII Congresso Nacional de Comunicação - Intercom - UCS - 2010

Comunicação, Cultura e Juventude

Era pleno setembro e o reencontro ou o encontro surgia, o Intercom (Congresso Nacional de Comunicação)  2010 subia ao palco pra matar a saudade de Curitiba em 2009. E foi assim que começou aqui na cidade de Caxias do Sul a correria e nós os intitulados “verdinhos” daríamos horas de nosso tempo e dedicação ao que seria exposto por alguns dias em nossa universidade.
A multidão parecia calma no primeiro dia, tudo estava tranqüilo, os sotaques já começavam a surgir, mas a movimentação era calma.
Segundo dia, segundo plano, outros grupos, outras pessoas, apresentações, um “o que faremos hoje”?
A movimentação deveras ia aumentando, as vozes, conversas, comentários sobre o frio se sobressaiam em meio a tantas respostas e indagações. Há! Como era bom! Cada conversa, mais alguma coisa descoberta nunca antes conversada, assim com alguém que nunca antes se tinha visto.
Terceiro dia. No sábado teríamos então alguns eventos diferentes, como o organizado pelas meninas de Relações Públicas da UCS, o chamado “Manggiare com Polenta”, uma degustação de um dos pratos típicos da região da serra gaúcha.  Foi de especial o fato também de termos escolas de chimarrão e aspectos tradicionais do sul apresentados aos nordestinos, paulistas e demais regiões do país.
E para a surpresa geral o que rola no Centro de Convivência?
Um encontro especial entre os congressistas, o horário de almoço era propício para tamanho encontro, o qual fez lotar o centro de convivência, porém o que não era de se esperar e aconteceu assim por um acaso qualquer, é que todo mundo caiu no ritmo da música “macarena” e se jogou na pista, ou no Centro Convivência como preferirem. A empolgação foi tanta que ninguém mais queria para de dançar, já eram duas horas e o povo todo lá, e as palestras, apresentações e tal, hein gente?
De fato, a curtição teria que acabar por algumas horas e voltar à tona durante a noite que seria especial.
Domingo, “a UCS está pouco movimentada hoje!”, porque será hein? Pessoal se acabou na festa da noite, não é? Mas o dia foi especial pra caramba, no finalzinho da tarde o pessoal foi surgindo e aquela ligação do primeiro dia parecia ser mais forte, mais intenso, as amizades, carinhos, romances estavam mais aflorados. E a noite prometida, por sinal era a última.
Segunda feira. Já sentíamos um ar de despedida, nós os “verdinhos” já estávamos com saudades de todo aquele povo, a movimentação diminuía, alguns iriam embora, já teriam ido. Restava a nós comemorarmos e o final da tarde trouxe a alegria, a comemoração, o hino do Rio Grande e o abraço amigo. Momentos de alegria e euforia que ficarão no coração de cada um e serão levados para os próximos encontros e congressos, vibrações que saem da alma, do orgulho e de uma conquista.
Enfim foram tantos momentos que merecem muitos comentários e dedicações. Foram tantos encontros, sorrisos, abraços, olás, sotaques e gírias. Foram tantas pessoas que entraram em meu coração como um furacão que não pedem permissão nenhuma, mas insistem em permanecer e causar efeitos. Só tenho a agradecer a cada segundo que foi nos dado e até o próximo Intercom em Recife.

Foto: Claudia Velho

Abraços a quem participou deste grande encontro!

11 de septiembre de 2010

Descrente

Era madrugada assim, como num momento qualquer a viu ali e nada mais. Em um instante um mundo era tudo que queria, poder estar junto, envolta, conversar, poder entender aquele sorriso e aquele olhar que cercava seus pensamentos, que penetrava os seus e se desviavam assim com um cuidado delicado. Estava linda, como ninguém mais, tinha uma intensidade e um brilho que nunca encontrara em outro ser. Estaria perdidamente apaixonado? Compenetrado naquele mundo ele nunca soubera o que era a verdadeira paixão, pois sempre era trazido por pensamentos que se misturavam com o desejo, a carne, o amor nunca lhe despertara, pelo menos era o que achava até aquele momento. Ela a olhava como quem diz: gosto de te olhar. E ele se perdia em pensamentos vendo-a se embalar pela música, e lhe batia uma extrema vontade de tê-la nos braços e levá-la como naqueles filmes franceses antigos, ou naquelas épocas passadas, ela seria sua bailarina, seu par, sua companheira. E após toda a dança, os dois conversariam por horas adentro, sairiam juntos da festa e ele a acompanharia até me casa lhe falando poesias e coisas bonitas. Era tão forte o pensamento que não cabia em si toda vontade que tinha de descobrir quem era ela e o que passava por si e o que lhe completava. Vê-la ali era estar em outro instante, em outro mundo, talvez se conhecessem de outras vidas, de outros tempos, de um passado secreto talvez, ela completava seu ser como ninguém. O que ele poderia fazer?
A noite tocava um som sem parar e era em ritmo que ele sentia algumas batidas fortes o seu coração disparado. O que fazer agora, era o que pensava. Como devo agir? O que devo fazer? Ela está com alguém? Vou me perder? 
De fato, ele nunca soubera lidar com situações assim, e nem com olhares tão fortes. Ela era linda, seu cabelo preto curto completava sua pele branca e seus olhos de um esverdeado assim que reluzia a luz da noite, a luz da festa, seu vestido lhe caia perfeitamente sobre o corpo pequenino que era o mais belo de todos e seu sorriso parecia atingir todo um mundo que ele nunca viveu.  A sensação era vontade, desejo, ternura, não saberia dizer, quais tantas sensações eram e o que seus pensamentos estavam querendo com tudo aquilo?
Ela parecia estar sabendo de tudo, ter planejado a noite completamente, olhava-o sem parar, sem se controlar. Ele não sabia o que fazer, nunca soubera. Porém, o final da noite chegara e ela procurou-a perdidamente, onde ela estava? Já teria partido como em um sonho? Ele sempre estes sonhos, pena que desta vez não percebera que era real. Era descrente, nunca acreditara que pudesse encontrar alguém que completasse, por isso viviam em sonhos...

2 de septiembre de 2010

Talvez amanhã

Um colorido em preto e branco. Pintei uma janela em uma  semana e a fechei em outra. As vezes acordo com vontade de não acordar, outras vezes não tenho vontade de dormir. Lamentável, mas não sei conviver de certas formas, não aprendi, não me encaixo. A solidão me ensina a viver comigo e preciso dela, e isso parece ser bom ou ruim, são tantas dúvidas, porém eu sei que estou bem onde queria estar do modo como queria estar já não garanto muito.Mas as coisas são como são, as pessoas são como são. E eu continuo a vagar e pensar sobre certos acontecimentos é remexer em algo que não deve ser mexido. Muitas das vezes pensamenos que teriamos respostas a cada estímulo e que mandaríamos em nós mesmos. Mais uma noite chega e a loucura deve prevalecer, sou adepta a ela, estou adepta a ela. Quero um pouco de tudo, quero a insanidade das doses, não quero o amor, não por agora. Talvez amanhã.