Duda

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Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil
Casada com a publicidade e amante do Jornalismo. Um alguém que torna-se um ponto de interrogação aos seus olhos. E que nada mais é do que algo que você ignora. Amo as letras,as imagens e o mundo das cores. Talvez por isso que o tão colorido das coisas até cegam outras. Talvez por isso , não sinto o preto e o branco que costumam me perseguir. Redação Publicitária é uma das minhas praias.

14 de octubre de 2010

Nova estação


Eram segundos afins. Minutos sem fim. Parada, disparada. Era outro líquido, mais uma dose daquele amor, daquela sensação que alucinava a cada instante. Era o tremor e o medo que se misturavam a uma insanidade cercada pelo cheiro de cigarro em volta e o calor que cercava tudo ali. 
Era da loucura um fim ou um começo. 
Era o que não saberiam explicar nem os grandes filósofos, muito menos quem estava ali.
Já era tarde, tarde demais para voltar a atrás e não querer. Já era tarde demais para não se entregar, ela foi chamada, convocada e estar lá.
Sempre soubera, sempre quisera, porém nunca se entregou. A estação era outra, o mês de outubro começara assim como uma disparada para o fim do ano, fim de tudo, naqueles meses em que se espera loucamente a chegada das férias e um pouco de folga.
Ela sempre soubera que quando as estações mudavam logo viriam coisas pela frente, coisas novas, diga-se de passagem. Um novo emprego, um novo projeto, uma mudança, um novo amor. 
Ah! Como sabia que cada estação trazia algo diferente, mas esta estava diferente mesmo, a começar pelo cheiro de primavera que cercou os seus primeiros dias, cheiro que perseguia seus sentidos por todo canto. Outro passo foi andar por nunca antes tinha andando e descoberto um novo mundo.
Era incrível pensar como as coisas passaram e passariam sempre. Como as pessoas iam e voltavam e ela permanecia de alguma forma intacta e completa.
Foi então que surgiu um sorriso, uma fala, uma voz. Ela nunca soubera entender por que isso lhe acontecia, assim sem querer era sequestrada por um desejo, vontade, amor, carinho, não saberia dizer. Nunca soube. Nem se quer queria explicações a respeito. Deixou-se, deixou-se estar, deixou que tudo fosse dominado, pois era dessa intensidade que sempre falara das outras vezes e sabia infinitamente que está intensidade também mexia com os mais sensíveis. Por isso, a disparada, o cheiro de cigarro, o sorriso e o calor. Sem entender ao certo como as coisas se fazem, andou por um bom tempo, procurou um refúgio e permaneceu ali olhando para a chuva, pensando, crendo, descrendo. Não saberia, queria não sabia ao certo o que. Mas sabia que para sempre ia querer aquela intensidade e aqueles momentos.

1 comentario:

Francieli Dupont dijo...

''Era incrível pensar como as coisas passaram e passariam sempre. Como as pessoas iam e voltavam e ela permanecia de alguma forma intacta e completa.

achei linda essa parte
e concordo...
mas é realmente uma pena que pessoas e coisas se percam com o tempo e no decorrer das circunstâncias, assim como o textinho que escrevi no meu blog antes!
...nada vai e volta a ser como era antes!