Era claro o fato que estaria longe de tudo por alguns segundos em alguma viagem para algum lugar que não se menciona nomes e nem infinitamente se conta os quilômetros. Carregava um pouco de tudo e um tudo de nada. Lembrou-se do sorriso, e de algumas parcelas de abraços dados a um prazo muito longo em que os pensamentos se perdiam. Era uma mistura de azuis, rosas e cores perdidas em um embalo. O embalo longo que a induzia a um futuro não tão distante. Mais uma canção e seus olhos se fechavam ao sentir que estava próxima a sensação, mais uma vez, iria explodir?
Outro final qualquer. Como ele escrevera de premonição. Ela sentira mais uma vez o som chegar aos seus ouvidos, e mais uma voz permanecendo em seus ouvidos. Seria uma canção? Ou um sentido desperto?
Permaneceu, sentada em um canto qualquer como ficava muitas vezes, e olhou incansavelmente o nada a procura somente do que viria do distante. As noites passaram a não ser somente noites, ela sabia disso, sabia também que os dias eram bem mais profundos do que se poderia imaginar. Suas mãos perdidas e seus olhos eram a fonte de sua alma.
Ela nunca entendera completamente sua alma e nem o que sentia em certas estações, era a primavera, o inverno e cada vez se sentia um alguém sem mundo. Estaria para sempre perdida?
Não sei, ela não saberia responder, ela era mais alma do que ser. Sentia mais do que tinha, mais do que tocava. Incompreendida por ela mesma. Continuou a andar...