Ele já havia andado a um bom tempo, e a luzes da luz da rua refletiam sua sombra.
Na sua lentidão se entregava ao ar daquela noite vazia. Pouco bastava para que seus olhos se encharcassem de lágrimas e o salgado descia pelos seus lábios, enquanto a noite parecia o fim das mais belas noites e dos mais belos mundos.
Se pés buscavam um chão e o peito sangrando queria se entregar ao que achava ser a única solução.
A morte então, o fim de tudo, o fim do medo, da dor, das falas em volta em seu ouvido o tempo todo.
Ele se entregou ao que mais temia, é fugiu do mundo com medo da dor.
O que dizer quando a vida acaba? O que dizer quando a televisão te mostra o que acontece no mundo e denuncia a ignorância humana? O que dizer do preconceito que ronda nossos passos? Já passamos por tantas coisas que mais um passo pode ser apenas mais um.
Já assumi publicamente quem sou, já não guardo mais o que é a verdade. Porém, você caro leitor pode achar que é brincadeira quando dizemos que o "xingamento" ainda existe.
Hoje em dia não tenho mais as mesmas atitudes de um tempo atrás, já não escondo a verdade e também já passei por preconceitos que você não deve imaginar o quanto dói, pensar em ser censurado, colocado para fora só por ser quem se é.
É difícil entender né? Quando as coisas não te machucam, porém coloque-se no seu lugar e perceba quanto é medíocre a ignorância de não aceitar o que não conhece. Tente sentir um pouco que você não é diferente de nenhum outro ser e somos todos animais.
Vamos buscando um novo ar , aqui e ali. Enquanto outros procuram ares que não existem e se embriagam de verdades impostas por doutrinas não provadas. Somos parte de uma sociedade dominada pela crença cega em certas coisas e certos fatos são dados como crime enquanto tirar vidas, fazer o mal parece tão simples, não é?
Homossexuais são criminosos? Qual o crime? Amar?
Estaremos então todos mortos, enterrados, enquanto outros se enterram aos poucos a ceguice de não saber o que é o verdadeiro amor. Qual a surpresa? Espera aplausos? A ignorância me revolta, revolta mesmo. Sabe quando você acredita mais no seu nariz do que na a vida que te cerca?
Amar não é crime, não é perversão. Amar é vida e de vida , todos precisam não?
Desculpe se uso palavras ofensivas, desculpe se dou a mão ou beijo quem amo na sua frente, desculpe se amo quem amo, desculpe pela sua falta de respeito, está perdoado, aliás pessoas assim até dão pena.
Não sinto ódio, nem repulsa, pois quem sente isso é porque é incapaz, volátil, fraco, preconceito é para fracos.
A sua verdade falsa, não atinge ninguém, acredite nisso. Enquanto você fala eu ouço música.
Amor não tem sexo. Alma se apaixona por alma.
"Se você se entendesse saberia disso".
Duda

- Duani Lima
- Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil
- Casada com a publicidade e amante do Jornalismo. Um alguém que torna-se um ponto de interrogação aos seus olhos. E que nada mais é do que algo que você ignora. Amo as letras,as imagens e o mundo das cores. Talvez por isso que o tão colorido das coisas até cegam outras. Talvez por isso , não sinto o preto e o branco que costumam me perseguir. Redação Publicitária é uma das minhas praias.
26 de abril de 2010
20 de abril de 2010
Até onde?
Não sei o que dizer sobre os sentimentos, por isso os resolvi guardá-los, ou deixá-los de lado por um bom tempo. Que a vida leve até onde quiser os meus passos...
Depois de noites inteiras
ainda tenho a lembrança
daquele jovem sorriso
olhando para mim
E aquela intensidade
que ficava a me perseguir
que me deixava tonta
Na graciosidade de suas mãos
Na graciosidade de sua pele
As noites já passaram
Seus olhos não vi mais
Seu abraço
Seu carinho
Ficaram em outra estação
Como o vento de uma praia
e lá permaneceu.
Tudo permanece intacto
guardado em uma caixinha
em um segredo íntimo
e uma vontade.
Seria mais uma poesia,
um verso,
uma confissão.
Seria a morte pela boca,
seria meu fim.
Mas o poeta tem o dom de fingir dor,
fingir sentir,
fingir crêr.
A vida vai e vem
até onde o romantismo viverá?
Até onde o guardarei para outra estação?
Depois de noites inteiras
ainda tenho a lembrança
daquele jovem sorriso
olhando para mim
E aquela intensidade
que ficava a me perseguir
que me deixava tonta
Na graciosidade de suas mãos
Na graciosidade de sua pele
As noites já passaram
Seus olhos não vi mais
Seu abraço
Seu carinho
Ficaram em outra estação
Como o vento de uma praia
e lá permaneceu.
Tudo permanece intacto
guardado em uma caixinha
em um segredo íntimo
e uma vontade.
Seria mais uma poesia,
um verso,
uma confissão.
Seria a morte pela boca,
seria meu fim.
Mas o poeta tem o dom de fingir dor,
fingir sentir,
fingir crêr.
A vida vai e vem
até onde o romantismo viverá?
Até onde o guardarei para outra estação?
15 de abril de 2010
Sabe estive pensando em outras vezes, outras falas e tantas dores. E hoje sinto como que se cada segundo que passou foi rodeado pelas coisas que nunca quis sentir e que me deixaram assim, perdida. Todas as vezes da mesma forma e repetidamente a história se repetirá, até quando?
Até quando estive disposta a doar o meu mundo para a vida? E de que forma aprendi a conviver com tantas coisas?
Digo-lhe que estou cansada, dos mesmos rostos, das mesmas histórias, das idas e voltas que a vida dá porque cada vez mais ele se fecha e sinto agora, como nunca antes senti que ele está realmente se fechando sem deixar um espaço de passagem. Deixando apenas um feixe de luz, e somente isto.
Ele não quer mais, está amargurado, fechado, trancado a sete chaves e de onde não sabe de que forma ainda irá sair.
Meu humano, meu ser, já está longe em outras ideias e outros mundos que somente ele poderá alcançar, porque a vida aqui cheia de histórias de livros para viver parece deveras impossível. Portanto, meu caro leitor não te assustes com as dores de quem escreve e não te assustes se um dia se encontrar na mesma situação, até porquê nós sabemos que a única pessoa que pode sentir é quem vê com os olhos da alma, e você me entende porquê me sente.
Até quando estive disposta a doar o meu mundo para a vida? E de que forma aprendi a conviver com tantas coisas?
Digo-lhe que estou cansada, dos mesmos rostos, das mesmas histórias, das idas e voltas que a vida dá porque cada vez mais ele se fecha e sinto agora, como nunca antes senti que ele está realmente se fechando sem deixar um espaço de passagem. Deixando apenas um feixe de luz, e somente isto.
Ele não quer mais, está amargurado, fechado, trancado a sete chaves e de onde não sabe de que forma ainda irá sair.
Meu humano, meu ser, já está longe em outras ideias e outros mundos que somente ele poderá alcançar, porque a vida aqui cheia de histórias de livros para viver parece deveras impossível. Portanto, meu caro leitor não te assustes com as dores de quem escreve e não te assustes se um dia se encontrar na mesma situação, até porquê nós sabemos que a única pessoa que pode sentir é quem vê com os olhos da alma, e você me entende porquê me sente.
11 de abril de 2010
Felicidade
A gente se pergunta, e agora?
Como estamos?
O que fizemos?
A vida é traçada a cada instante, e cada passo os olhares vêm e vão e gente se pergunta por que as coisas estão assim? Porque pessoas morrem aos poucos em alguns lugares? Porque a fome mata a cada segundo em algum lugar?
Porque os homens correm dilacerados atrás do poder e do dinheiro?
E porque não podemos fazer tudo que valha a pena mais de uma vez?
Os homens nascem, vivem e morrem. E somos um e milhões que andam por estas ruas e por estes mundos procurando a fórmula da vida.
Enquanto os amores e seus devaneios perseguem alguns, outros estão na procura, ou simplesmente na vida para vivê-la
Queremos o mundo e queremos a vida. Além de romances queremos gostos, cores, mundos, carinhos, vidas, sorrisos, além da simplicidade, na eterna felicidade de viver. Somos humanos livres e carregados das mais loucas vontades e anseios. Temos a vontade de tudo e ela que devemos saciar.
Bastou-me o tempo da simplicidade, quero a emoção de todos os momentos, agora. O tempo todo.
Quero a loucura, a intensidade que só encontro quando estou assim.
E com o tempo aprendemos a dar a cara à tapa, a se entregar ao mundo e deixar que ele faça o que quiser.
Tudo será válido, e não importa o jeito que me olhes, pois estou vivendo os meus segundos, porque amanhã quem pode dizer que estaremos aqui?
Quem pode dizer que essa minha sede poderá ser saciada em um só momento?
Lembro-me das épocas de ilusão, na qual nos prendemos a momentos e fatos, porém quando abrimos os braços e nos jogamos ao mundo tudo se torna mais belo.
Até os sorrisos nos fazem ver que a felicidade é feita de momentos, e estes momentos são feitos por nós. Unicamente por nós.
Como estamos?
O que fizemos?
A vida é traçada a cada instante, e cada passo os olhares vêm e vão e gente se pergunta por que as coisas estão assim? Porque pessoas morrem aos poucos em alguns lugares? Porque a fome mata a cada segundo em algum lugar?
Porque os homens correm dilacerados atrás do poder e do dinheiro?
E porque não podemos fazer tudo que valha a pena mais de uma vez?
Os homens nascem, vivem e morrem. E somos um e milhões que andam por estas ruas e por estes mundos procurando a fórmula da vida.
Enquanto os amores e seus devaneios perseguem alguns, outros estão na procura, ou simplesmente na vida para vivê-la
Queremos o mundo e queremos a vida. Além de romances queremos gostos, cores, mundos, carinhos, vidas, sorrisos, além da simplicidade, na eterna felicidade de viver. Somos humanos livres e carregados das mais loucas vontades e anseios. Temos a vontade de tudo e ela que devemos saciar.
Bastou-me o tempo da simplicidade, quero a emoção de todos os momentos, agora. O tempo todo.
Quero a loucura, a intensidade que só encontro quando estou assim.
E com o tempo aprendemos a dar a cara à tapa, a se entregar ao mundo e deixar que ele faça o que quiser.
Tudo será válido, e não importa o jeito que me olhes, pois estou vivendo os meus segundos, porque amanhã quem pode dizer que estaremos aqui?
Quem pode dizer que essa minha sede poderá ser saciada em um só momento?
Lembro-me das épocas de ilusão, na qual nos prendemos a momentos e fatos, porém quando abrimos os braços e nos jogamos ao mundo tudo se torna mais belo.
Até os sorrisos nos fazem ver que a felicidade é feita de momentos, e estes momentos são feitos por nós. Unicamente por nós.
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