Duda

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Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil
Casada com a publicidade e amante do Jornalismo. Um alguém que torna-se um ponto de interrogação aos seus olhos. E que nada mais é do que algo que você ignora. Amo as letras,as imagens e o mundo das cores. Talvez por isso que o tão colorido das coisas até cegam outras. Talvez por isso , não sinto o preto e o branco que costumam me perseguir. Redação Publicitária é uma das minhas praias.

30 de enero de 2009

Elis Regina e o embalo do dia

O dia passa como um perfume, que marca pelo seu efeito em nosso olfato. E nós descobrimos como desbravadores deste mundo, o quanto é belo e importante cada segundo.
Lembro que na infância costumava correr pela casa do meus avós, lembro-me ainda de cada coisinha deles. Onde minha avó costumava guardar sua máquina de costura, e também os albuns de fotos de familiares distantes e que talvez já não estivessem mais entre nós. Lembro-me de cada coisinha e da busca que eles tinha em comprar o que precisavam pra garantir sua vidinha e seu cantinho tranquilo. Lembro-me que meu avô costumava guardar seu cigarrinho perto do fogão e que todo dia quando chegava dentro de casa ia fumar.
Fazem poucos dias a casa se acabou. O fogo derrubou, acabou com as lembranças nas imagens, o que se tinha guardado em cada lugar. Porém, o mais importante ficou. Foi a vida! Graças a fé tudo está bem e aos pouco a vida está voltando ao normal.
Enfim, procuramos guardar uma vida inteiro coisas que não queremos usar, nem gastar. E um dia podemos nos ver perdendo tudo só de uma vez. O importante é viver, isso é o que basta. Viver e ser feliz!


Deixo alguém em especial e uma música que me desperta emoção a cada vez que ouço:

Como Nossos Pais

Elis Regina

Composição: Belchior

Não quero lhe falar,
Meu grande amor,
De coisas que aprendi
Nos discos...

Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor
É uma coisa boa
Mas também sei
Que qualquer canto
É menor do que a vida
De qualquer pessoa...

Por isso cuidado meu bem
Há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal
Está fechado prá nós
Que somos jovens...

Para abraçar seu irmão
E beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço,
O seu lábio e a sua voz...

Você me pergunta
Pela minha paixão
Digo que estou encantada
Como uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade
Não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento
Cheiro de nova estação
Eu sinto tudo na ferida viva
Do meu coração...

Já faz tempo
Eu vi você na rua
Cabelo ao vento
Gente jovem reunida
Na parede da memória
Essa lembrança
É o quadro que dói mais...

Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais...

Nossos ídolos
Ainda são os mesmos
E as aparências
Não enganam não
Você diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer
Que eu tô por fora
Ou então
Que eu tô inventando...

Mas é você
Que ama o passado
E que não vê
É você
Que ama o passado
E que não vê
Que o novo sempre vem...

Hoje eu sei
Que quem me deu a idéia
De uma nova consciência
E juventude
Tá em casa
Guardado por Deus
Contando vil metal...

Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo, tudo, tudo
Tudo o que fizemos
Nós ainda somos
Os mesmos e vivemos


Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Como os nossos pais...


Foto tirada em 2007 na casa Mário Quitana em uma exposição de 25 anos de morte da Elis,
a qual eu visitei.




Post"finito""Beijos

22 de enero de 2009

Quando os passos correm

Quando os passos correm. E quando os pés voam. Procuramos flutuar pelo mundo, procuramos nos encontrar em outros mundos. Ser alguém que quer viver é simples e fácil. Porém, somos tão delicados que um pequeno desvio nos faz cair.
Um dia é diferente do outro, o que fui agora posso deixar de ser em outro segundo. Mesmo assim, confesso que guardo um essencial de minha alma no mesmo local, sem mudar um detalhe.
Quantas vezes nos sentimentos alucinados e apaixonados por alguém?
É difícil dizer e saber o que é amor. Já paixão é diferente. Esta ultima, surge de uma vontade misturada com tesão, com loucura, paixonite aguda. Já o amor é terno, carinhoso, não pensa no tempo, apenas envolve, traz uma imensa paz, uma enorme confiança e uma vontade de estar apenas ao lado. Quem sabe olhar nos olhos durante horas, segundos, sentir o sorriso e o abraço sem se preocupar com o que vem depois.
Sentimentos são confusos. O que se pode dizer do amor? Senão um sentimento que modifica o homem, que traz a felicidade? Se todos os humanos aprendessem amar com a pureza e a vida de uma criança. O amor pode ser a coisa mais bela e mais simples como ganhar uma flor retirada de um canteiro em uma tarde de domingo.
O que é o amor para os jovens de hoje? O que foi o amor nos tempos dos meus avós?
Digo-lhes que não conheço o amor ao extremo e aprendi a não dizer “eu te amo”. Acredito em sentimentos é claro, mas sentimentos podem confundir-se, e acharmos que uma coisa é outra, quando na verdade buscamos incansavelmente o amor que não conhecemos. Talvez eu já tenha amado, mas o amor como é frágil e único, pode ficar bem guardadinho lá no cantinho do peito até a eternidade.
Estou lendo o livro Olhai os Lírios do Campo do escritor Érico Veríssimo, e foi ele que me pos a pensar sobre as voltas que a vida dá. E sobre os sentimentos que guardamos em nós. Assim, como as nossas ações de cada dia que resultam em algo. Eugênio sabia ou sentia que era amado por Olívia e também sabia que sentia o mesmo, mas casou-se com outra.
Quantas vezes fugimos com os nossos medos? Quantas vezes pensamos mil vezes antes de agir e de sentir? Estou entrando em um modo novo, talvez assim trocando o sistema como um computador, falando tudo sem deixar-me esconder ou fugir.
Post "finito"

17 de enero de 2009

MAMONAS ASSASSINAS



Com certeza pessoas com seus 17 anos pra cima ou até menos, lembram do furacão da música brasileira que foi esta banda!
Formada por Dinho, Bento, Samuel, Sérgio e Júlio.
Ela surgiu de uma mistura de ritmos, de frases inteligentes e engraçadas e tornou-se presença nas casas brasileiras durante 6 meses. Também pela eternidade.
Trago hoje ao blog uma música bastante conhecida. Quem não lembra do Dinho vestido de coelhinho em cima do palco? hehe
Incomparável!


Robocop Gay

Um tanto quanto másculo
Ai, e com M maiúsculo
Vejam só os meus músculos
Que com amor cultivei
Minha pistola é de plástico (quero chupar-pa)
Em formato cilíndrico (quero chupar-pa)
Sempre me chamam de cínico (quero chupaar...)
Mas o porquê eu não sei (quero chupar-pa)
O meu bumbum era flácido
Mas esse assunto é tão místico
Devido a um ato cirúrgico
Hoje eu me transformei
O meu andar é erótico (silicone yeah! yeah!)
Com movimentos atômicos (silicone yeah! yeah!)
Sou um amante robótico (silicone yeeah...)
Com direito a replay (silicone yeah!)
Um ser humano fantástico
Com poderes titânicos
Foi um moreno simpático
Por quem me apaixonei
E hoje estou tão eufórico (doce, doce, amor)
Com mil pedaços biônicos (doce, doce, Amor)
Ontem eu era católico (doce, doce, amoor...)
Ai, hoje eu sou um GAY!!!
Abra sua mente
Gay também é gente
Baiano fala "oxente"
E come vatapá
Você pode ser gótico
Ser punk ou skinhead
Tem gay que é Mohamed
Tentando camuflar:
Allah, meu bom Allah!
Faça bem a barba
Arranque seu bigode
Gaúcho também pode
Não tem que disfarçar
Faça uma plástica
Aí entre na ginástica
Boneca cibernética
Um robocop gay...
Um robocop gay,
Um robocop gay.
Ai... eu sei,
Eu sei
Meu robocop gay...
Ai como dói!


Post "finito"

Beijoss^^



15 de enero de 2009

A alma humana

Perdemos o tempo querendo encontrar o tempo.
Foi me dado o nome de Dom Duana haha, achei engraçado.
Mas os amigos são as pessoas que me ensinam amar. E cada vez que passo pela janela lembro de cada sorriso que faz parte da minha vida e agradeço os instantes que fazem com que nós consigamos descobrir que a vida é bela quando vivemos em grupo e não na solidão.
A falta da companhia gera tristeza. É impossível viver sem ter pelo menos alguém para conversar.
Quantas vezes tivemos vontade de correr? De nos jogarmos de um edíficio, ou de uma ponte?
Na loucura de ser humano e fugir das dores que a alma parece sentir. Quantas vezes nos acovardamos em meio aos medos e deixamos de viver, de querer, de sentir, de ver o outro com a alma?
E assim, passamos pela ideologia do ter, do poder e o ser acaba sendo deixado de lado, sendo deixado de canto como um lixo qualquer, que um dia talvez fora útil.
A humanidade vem perdendo sua alma, a guerra, a ganância, a ilusão de que tudo deve estar me servindo, tudo deve servir as minhas vontades.
A sociedade chora por uma causa que nem ela sabe. Tudo parece bem, aqui dentro nas nossas casas, nossas coisas, nosso jantar, não estamos ligando.
Não ligamos se uma criança ainda chora quando ganha uma bala, ou quando as pancadas não doem tanto quanto ver um pai bêbado.
E preciso sentir a alma, o corpo. É preciso sentir o que ninguém quer entender.
É preciso encarar frente a frente sem medo, sem chorar, sem usufrir de um alucinógeno. Ser humano é aprender amar sem receber, é perder o rancor e saber controlar a raiva.
Ser humano é dar valor a tudo e a todos, indepedente do seu passado, da história e do que lhe envolve. Ser humano é ser o personagem em cima do palco, não é ser o público, mas o mestre na arte de viver.
Porque um dia isso tudo passa. A vida passa como uma estrela cadente que nunca mais teremos possibilidade de sermos.


" Evoca-se na sombra uma inquietude. Um alteridade disfarçada" (Teatro mágico)

Post "finito"

9 de enero de 2009

Pensando no livro

Um trecho do Livro dom Casmurro de Machado de Assis:

"Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei num trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que, como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso."


E ele a cortejou
como uma princesa e seu príncipe em um castelo
Milhões de rosas pelo chão
E o sol em seus olhos
As brisas e os ventos trazem as folhas secas
Que aos poucos dão lugar ao verde novo
E ao novos lugares
O brilho dos olhos do doce menino
e fantasia que os olhos dela lhe causavam
O brilho de Bentinho ao ver o sorriso de Capitu.



Ah! Como estou amando Dom Casmurro!
Post"finito"!

5 de enero de 2009

Uma fuga?

A viagem da alma ainda está longa. E parece aterna. Ela acaba chegando ao lugar mais estranho que poderia surgir. O lugar do deserto, como o planeta do pequeno príncipe.
Nos encontramos lá tantas vezes, e nunca foi tão estranho e nunca provocara tanto medo.
Em outras épocas, em outros mundos tudo poderia ser simples, ser claro, porém a época não está para a simplicidade.
Do simples as pessoas cansam, já não quero mais o simples, o fácil.
Quando as pessoas fogem como eu, talvez seja convardia, burrice ou algo do tipo. Isso é ruim, muito ruim, mas enfrentar seria a solução? Aos poucos tu te perdes no caminho, aos poucos os medos surgem principalmente o do fracasso.
Covardia e fuga, duas palavras que estão presentes.
O melhor é isso, e nada mais. Não quero pensar, não quero sentir, não quero ficar perto de mim, pelo menos por um tempo.


Post "finito"

3 de enero de 2009

Mudando?

Agora
As flores estão na calçada
Os perfumes estão nas ruas
Basta acreditar
O mar continua em seu lugar
Porém, as ondas perderam a calma.
Assim como os ventos
E os meninos nas ruas
O tempo perdeu a hora
O sorriso não sabe o porquê.
E as rosas ainda estão
com os seus espinhos,
mas não sentimos a dor.
São idas e voltas
Pessoas e carros
Tudo passando em frente aos olhos,
que verem de outra forma.
Através do que não se vê
Através do que não se entende.
Tudo está girando
Perdendo o inicio da história
E agora?...
Agora é hoje...

Post "finito"